Todos somos vítimas emocionais de outras vítimas emocionais, embora desde nossa dor, só reconhecemos a relação vítima-vitimário.
Isto não justifica o comportamento do outro que, de alguma forma, escolheu ser vitimário para canalizar suas perspectivas como vítima.
Digo perspectivas porque nem sempre são experiências reais.
O mesmo vale para nós quando magoamos alguém e nos justificamos por nossas feridas.
Apesar de vitimários, não deixamos de ser vítimas porque reagimos baseados no nosso histórico emocional.
Essa visão pode nos ajudar a entender quem nos magoou e seguir mais leves na nossa caminhada.
É importante aceitar que, tanto em nós quanto nos outros, convive a vítima, o vitimário e o sanador emocional.
Podemos utilizar nossa experiência para alimentar qualquer um deles, mas para sermos sanadores, devemos transitar o caminho constante da cura, do perdão e do entendimento.
Isto requer acalmar nosso lado vitimário, acolher nosso lado de vítima e, finalmente, perdoar para que possa surgir o grande sanador em nós.
